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SEMINTENDES

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07
Jan06

O Universo Extravagante

lamire
Quarta pegada
....
Durante as férias do Natal, li um livro muito, muito interessante: O Universo Extravagante, que descreve os primeiros passos desta nova descoberta cosmológica de que o Universo está em expansão,mas que, "inesperadamente", há cerca de 5 mil milhões de anos esta expansão começou a acelerar.
Como sou um doidinho por estes problemas da origem e evolução do Universo, da vida, do aparecimento do Homem, devorei o livro, escrito num estilo policial, com pistas falhadas, erros cometidos, enfim...
Mas o que quero referir é o desafio que lança aos filósofos ( e não só) com as palavras finais.
Como é sabido,o homem foi sendo sucessivamente "descentrado" em termos astronómicos: o centro foi passando do homem, para a Terra, para o Sol, para a Via Láctea, para a Constelação da Virgem, para o "Grande Vácuo do Boeiro", para o Grande Atractor e... para finalmente concluir que não há centro na expansão do Universo, pois é o própio espaço que está a dilatar-se.
Esta aceleração de há 5 mil milhões de anos obriga, para ser explicada, à existência de "novas realidades", a que se dão nomes tétricas como matéria negra, energia negra, inflação, quinta-essência, etc.
De tudo isto se concluiu provisoriamente (estamos em ciência experimental) que o Universo é constiuído por 1% de "bariões visíveis" (a matéria ordinária constituída pelos átomos e moléculas conhecidas); 10% bariões negros (partículas supostamente normais e outras como so neutrinos mas que não é possível detectá-las, a não ser pelos efeitos secundários, e portanto não se sabe bem qual a sua natureza), 30% matéria negra (partículas (!?) exóticas, tipo neutralinos, axões, etc., algumas proposta a partir de teorias recentes e muito complexas mas que nunca foram detectadas); 60% energia negra (energia esquisita que teria efeitos contrários aos que estamos habituados e que estaria relacionada com a energia do vazio, gerada por flutuações quânticas e teria uma pressão negativa: em vez de atrair, repele).
ESte paleio todo para quê?
Para colocar a questão final e o melhor é citar:
"Estranho quadro o que pintámos. O Universo tem energia negra e matéria negra, nenhuma das quais nos é familiar na nossa experiência quotidiana, nem detectada a partir de qualquer experiência da Terra. A parte visível do Universo e os átomos lindamente elaborados que constituem os nossos corpos e o nosso mundo não são os principais constituintes materiais do cosmos. Deixámos de pensar em nós próprios como centro da criação através de uma série de saltos cósmicos do entendimento para nos vermos agora como observadores e beneficiários de um cortejo sumptuoso no espaço e tempo que não afectamos, mas que nos afectou grandemente. Não somos feitos do tipo de partículas que constituem a maior parte da matério do Universo e ainda não fazemos ideia de como sentr directamente a energia negra que determina o destino do universo.
Se Copérnico nos ensinou a lição de que não somos o centro das coisas, a verdade é que o nosso quadro actual do univeros a reitera.
Por outro lado, talvez o facto de não sermos feitos da matéria que forma a maior parte do Universo nos faça sentir especiais. A nossa origem está no universo, somos feitos de uma invulgar (talvez melhor, pouco vulgar) forma de matéria, bariões processados através das estelas. Não somos iguais à matéria negra ou à energia negra, somos feitos de matéria mais versátil que tem mais potencial para desfechos complexos e imprevisíveis como uma vida humana" (pp. 231.232).
Aí está de novo e em força o princípio antrópico?!
......
Zé Dias (07-01-2006)

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