15
Dez05
Pequena história de Natal com presépio e milagre de J. Carino
lamire
A menina loura, linda, era dona do mundo. Fazia tudo, queria tudo; sentia-se valente, forte, imortal.
Um dia, veio a chuva, enfeando tudo, dando vontade de ficar em casa, no aconchego e na languidez. Era para ficar, mas a menina foi.
Manhã de chuva. Cansaço, talvez, quem sabe distração. Quem sabe dessas coisas? Quem sabe do destino?
A vida corria e a menina corria. Corria num de seus brinquedos de quatro rodas. Vida célere é preciso fazer, realizar, querer, ter.
Correr, voar. Num segundo, a menina correu e voou ao encontro do que parecia o fim
A menina acordou. Aos poucos, como quem volta de um pesadelo. Olhou em volta e viu um milagre. Todos estavam ali: pais, parentes, amigos. E lhe pareceu então que aquilo era um presépio. Eles lhe traziam seus presentes de Natal: o incenso da esperança, a mirra do carinho e o ouro da vida.
O lugar era simples e belo, mais bonito que todos os outros, mais importante que todas as conquistas. Uma alvura de nuvens diáfanas como na representação de qualquer paraíso; anjos de branco passando de mansinho, como a flutuar; um silêncio profundo e quase sólido.
A menina viu que aquele era o seu presépio, onde havia calor de afeto, aconchego de amor.
Lá em cima, no céu, a menina viu uma estrela. Uma entre milhões. Aquela era só sua, especial, e a guardava.
E a menina sorriu, feliz. Agora acreditava num verdadeiro milagre de Natal.
.....
por: Martinha do Vale,14-12-05
Um dia, veio a chuva, enfeando tudo, dando vontade de ficar em casa, no aconchego e na languidez. Era para ficar, mas a menina foi.
Manhã de chuva. Cansaço, talvez, quem sabe distração. Quem sabe dessas coisas? Quem sabe do destino?
A vida corria e a menina corria. Corria num de seus brinquedos de quatro rodas. Vida célere é preciso fazer, realizar, querer, ter.
Correr, voar. Num segundo, a menina correu e voou ao encontro do que parecia o fim
A menina acordou. Aos poucos, como quem volta de um pesadelo. Olhou em volta e viu um milagre. Todos estavam ali: pais, parentes, amigos. E lhe pareceu então que aquilo era um presépio. Eles lhe traziam seus presentes de Natal: o incenso da esperança, a mirra do carinho e o ouro da vida.
O lugar era simples e belo, mais bonito que todos os outros, mais importante que todas as conquistas. Uma alvura de nuvens diáfanas como na representação de qualquer paraíso; anjos de branco passando de mansinho, como a flutuar; um silêncio profundo e quase sólido.
A menina viu que aquele era o seu presépio, onde havia calor de afeto, aconchego de amor.
Lá em cima, no céu, a menina viu uma estrela. Uma entre milhões. Aquela era só sua, especial, e a guardava.
E a menina sorriu, feliz. Agora acreditava num verdadeiro milagre de Natal.
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por: Martinha do Vale,14-12-05